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A ejaculação precoce é uma das disfunções mais frequentes ou talvez a mais frequente em nosso meio, pois se estima que mais de 40% dos homens menores de 50 anos sofrem com este problema, segundo estatísticas dos mais destacados sexólogos do mundo. Este trastorno sexual consiste na dificuldade que tem os homens para controlar a ejaculação durante o transcurso do acto sexual.
Até os anos 60 o homem não se preocupava com o seu controle ejaculatório, ou fora por desconhecimento da resposta sexual normal ou porque tampouco o casal o solicitava. Em aqueles tempos, a sexualidade era conhecida praticamente só para os fins reprodutivos, e para as mulheres era algo com o que deviam cumprir no matrimônio.
Há homens que apresentam EP com algumas mulheres e com outras não. Este dado nos revela a importante função que desempenha o fator psicológico - em muitos casos - nesta disfunção.
Geralmente, se crê que tendo muita atividade sexual se solucionará o problema da EP, mas sucede o contrário, com o passar do tempo esta conduta vai destruíndo o casal.
A ejaculação precoce pode ter efeitos muito negativos na função sexual, tanto no homem, como na parceira.
A desistência do homem em buscar uma solução definitiva a este problema é uma conduta que deve se reverter. As soluções para a ejaculação precoce são simples de aplicar, sempre e quando não se recorra unicamente e exclusivamente a medicamentos sem receita médica, porque estes têm efeitos colaterais e os resultados obtidos são, em todo caso, transitórios.
Para nos dispor apresentar uma solução, primeiramente se faz necessário a revisão de alguns conceitos com o objetivo de ir construindo uma idéia que seja útil à compreensão do problema, para logo entender qual é a verdadeira solução. |

Seguindo a premissa de que o melhor método para resolver este problema é o científico e que os ejaculadores precoces têm um déficit perceptivo, temos considerado que os tratamentos mas eficazes até o presente são os que utilizam métodos de reeducação e reabilitação dos músculos que intervem no controle da ejaculação.
Estes procedimentos tiveram um éxito que rondam 95% dos casos; as terapias duram entre 1 e 3 meses, dependendo do grau de EP.
Estão incluídos neste estudo, pacientes que acudiram a consulta com EP, durante os anos 2006 e 2007, totalizando 356 pacientes entre 18 e 60 anos. Foram incluídos neste estudo todos os que poderiam padecer de EP, que logo seriam confirmados com o diagnóstico de EP. Todos pacientes heterossexuais com ou sem parceira estável, todos iniciados nas relações sexuais com um tempo de prática de seis meses a um ano no mínimo. Os pacientes foram avaliados quinzenalmente em função da subjetividade de suas respostas. Foi realizado um questionário antes, durante e logo depois do tratamento com o programa de exercícios |

O objetivo de uma relação sexual é que tanto o homem como a mulher obtenham prazer, conseguindo alcançar o orgasmo e que fiquem satisfeitos. Independentemente do tempo que o homem demore em ejacular, o objetivo é que o faça no momento em que a mulher alcance o orgasmo ou logo que se produza o mesmo.
Podemos denominar ejaculação precoce de distintas maneiras, a saber: ejaculação rápida, ejaculação prematura ou diretamente ejaculação precoce, e consiste na falta de controle da ejaculação durante o acto sexual. As causas podem ser orgânicas e psicológicas. Estas últimas são as mais comuns e são originadas na baixa percepção ou déficit de percepção das sensações sexuais com uma autoestima muito baixa. Estas, a sua vez, são geradas na puberdade ou na adolescência com uma aprendizagem equivocada da atividade sexual e ainda as causas orgânicas ou físicas que estão presentes nas alterações neurológicas, trastornos degenerativos, afecções urogenitais de uretra posterior e próstata, também devidas a remédios antidepressivos, alterações vasculares, desequilíbrios hormonais e todas aquelas afecções que alteram o mecanismo reflexo da ejaculação, mas fundamentalmente, dentro das causas orgânicas mais comuns, temos a hipersensibilidade da glande, que está presente na maioria dos ejaculadores precoces. |

O controle ejaculatório pode ser aprendido no curso da vida sexual com um programa de exercícios totalmente natural, planificados e avaliados ao longo do tempo. Isto se implementa com uma metodologia regulada para conseguir a reeducação e o controle voluntário dos músculos encarregados da ejaculação. Isto se consegue trabalhando sobre estes músculos para ejacular no momento desejado. |

A mulher que tem um parceiro que não sabe controlar sua EP se produz uma repercussão importante, pelo que seu desejo sexual vai diminuindo. Isto é devido ao que em numerosas ocasiões ela está muito excitada e não alcança o clímax e o orgasmo ao cabo de muito tempo. Por isto, geralmente preferem evitar as relações sexuais para não ficar insatisfeita e evitar estes maus momentos durante e depois do encontro sexual. Então, a libido ou apetite sexual da mulher vai baixando e comença a por uma série de pretextos, como “estou com menstruada”, “estou cansada”, “dói minha cabeça”, “as crianças estão acordadas”, etc. Isto agrava o problema, pois aumenta a angústia e a ansiedade do homem para o próximo encontro sexual.
Outra situação muito comum é que ela se queixe de que o homem não a toca, que não haja suficientes preliminares nem carícias para se excitar e chegar ao clímax, em outras palavras, que o homem a penetra muito rapidamente. Isto se deve a que se o homem realiza preliminares ou carícias muito prolongadas, tem 99,99% de posibilidades de ejacular antes inclusive de iniciar a penetração. Por isso prefere penetrar rapidamente, pois crê que o contrário se agravaria o problema da ejaculação prematura ou antecipada com sua parceira.
Em alguns homens, este problema de falta de controle da ejaculação transcende a esfera meramente sexual e os levam a serem tímidos, retraídos, inseguros de si mesmos, e os conduzem a não querer iniciar uma nova relação amorosa por não viver o acontecido com a parceira anterior. Isto diminui sua concentração para outras atividades distraindo seu pensamento neste problema, por não conhecer e enfrentar a solução. Esta tomada de conhecimento e de consciência chega muitas vezes por via da mulher, que lhe dá uma espécie de ultimato a seu parceiro para que consulte a um especialista para poder resolver este problema, que na realidade afeta a ambos. |

A angústia e desesperação que sofre o homem com EP fazem que recorra muitas vezes a métodos e táticas fáceis, que não têm nenhum resultado e lhe fazem perder o tempo alimentando falsas expectativas. Nesse sentido buscam uma solução rápida, sem nenhum esforço, costumam navegar na Internet buscando o remédio mais rápido e fácil, que seja em creme ou em cápsulas, que seja aplicado de forma imediata e o cure instantaneamente, sobretudo do modo mais barato possível. É muito comum entre os homens que padecem de EP o uso de cremes ou géis - de venda livre em farmácias - que são anestésicos e se aplicam diretamente no pênis. Este tipo de produtos podem anestesiar a glande transitoriamente diminuindo sua excitabilidade. Sem dúvida, isto não só é produzido de forma temporária, senão que pode ter um efeito colateral como o anestesiamento da vagina da mulher, o que diminui portanto sua excitabilidade, o que gera atraso no orgasmo e portanto, insatisfação da mulher, o que complica ainda mais a situação do casal. Também é muito comum o uso de preservativos simples ou duplos em casais estáveis com o fim de controlar a ejaculação.
Resumindo, os remédios caseiros fazem perder tempo e foi comprovado que não são eficientes para controlar a EP.
A angústia que apresenta o homem com EP é comparável com a obsessão que tem alguns homens sobre o tamanho do pênis. Esta angústia se vê geralmente acrescentada pelos sucessivos fracassos dos distintos tratamentos realizados sem chegar a ter resultados satisfatórios.
Tendo em conta que a característica principal desta disfunção é a falta de controle sobre o reflexo ejaculatório, é lógico pensar que a correção desta dificuldade é conseguida única e exclusivamente - como está amplamente comprovado - com a aprendizagem e a reeducação, que consiste na realização de exercícios constantes para reabilitar os músculos que interferem no controle do reflexo ejaculatório..
Basados en estos conocimientos y según nuestra experiencia se diseñó una planificación en la realización de ejercicios a cumplimentar por los pacientes con la consiguiente evaluación de los resultados. |

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Os pacientes que participaram da consulta apresentaram idades que oscilavam entre
18 a 60 anos, destacando que a maioria se encontrava entre os 25 a 30 anos.
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Neste gráfico detalhando os pacientes que compareceram pela primeira vez para a nossa consulta e aqueles que passaram a consultar-se com outros terapeutas, sem sucesso. |
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No gráfico seguinte estão detalhados o estado dos pacientes com respeito a sua companheira sexual e as porcentagens dos consultantes.
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A maioria dos pacientes que consultaram por este padecimento não tinham patologia agregada no momento da consulta..
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Aqui estão descritos no gráfico os resultados insatisfatórios de tratamentos recebidos por pacientes con EP, incluídos as terapias com exercícios no gráfico se evidencia o menor índice de fracassos com os tratamentos de exercícios posicionais e de reeducação muscular no tratamento da EP.
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Neste gráfico estão descritos a duração do tempo que transcorreu para finalizar satisfatoriamente os tratamentos.
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- No estudo foi considerado todo tipo de pacientes que participaram da consulta com este padecimento durante 2 anos, 2006 e 2007
- Foi posto de manifesto no desenvolvimento das consultas que a maioria das causas deste problema são psicológicas e de aprendizagem, e o predomínio dos síntomas é a ansiedade.
- O tratamento da EP com exercícios musculares de reabilitação e reeducação dos músculos PC e os posturais foram evidenciados por ser o mais eficaz no estudo realizado
- Também foi posto de manifesto nas consultas realizadas, que os tratamentos anteriores recebidos não cumpriram satisfatoriamente as expectativas dos pacientes
- Que este tipo de disfunção está tomando maior magnitude na atualidade, com o conhecimento de que o ato sexual començou a ser considerado como uma atividade para o prazer do casal
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